Creatinina sérica

A creatinina é o produto final da degradação da creatina, que desempenha um papel importante no metabolismo energético dos músculos e de outros tecidos. A creatina é sintetizada principalmente no fígado, de onde entra no tecido muscular com a corrente sanguínea. Aqui, a creatina, fosforilada, transforma-se em fosfato de creatina. O fosfato de creatina é um composto macroérgico e participa da transferência de energia na célula entre as mitocôndrias e as miofibrilas. A concentração de creatinina no sangue depende de sua formação e excreção. A formação de creatinina depende diretamente do estado da massa muscular. A creatinina é excretada pelos rins através da filtração glomerular, mas, ao contrário da ureia, não é reabsorvida, o que tem encontrado aplicação em diagnósticos laboratoriais (teste de Reberg-Tareev).

A concentração de creatinina no sangue de pessoas saudáveis é um valor bastante constante e depende pouco da nutrição e de outros fatores extra-renais.

A determinação da concentração sérica de creatinina é amplamente utilizada no diagnóstico de doenças renais. A creatinina é menos dependente do nível de catabolismo, não é reabsorvida pelos rins e, portanto, reflete em maior medida o grau de comprometimento das funções excretora e filtração dos rins. Uma diminuição do conteúdo de creatinina no sangue não tem valor diagnóstico.

Valores de referência (norma) da concentração de creatinina no soro sanguíneo

	Concentração de creatinina sérica
Idade	µmol/l	Mg/dl
Recém-nascidos	27-88	0,3-1,0
Crianças menores de 1 ano	18-35	0,2-0,4
Crianças de 1 ano a 12 anos	27-62	0,3-0,7
Adolescentes	44-88	0,5-1,0
Adultos:
Homens	62-132	0,7-1,4
Mulheres	44-97	0,5-1,1

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