Macroaneurismas das artérias da retina

Macroaneurismas das artérias retinianas são representados pela expansão local das arteríolas retinianas, mais frequentemente de 1ª, 2ª e 3ª ordem. Mulheres idosas com hipertensão arterial são as mais predispostas; em 90% dos casos, o processo é unilateral.

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Sintomas de macroaneurisma da artéria retiniana

As manifestações do macroaneurisma da artéria retiniana podem ser reduzidas a uma das seguintes:

• Descoberta incidental de distúrbios assintomáticos
• Diminuição latente da acuidade visual central causada por edema macular e formação de exsudato duro.
• Perda repentina de visão com hemorragia vítrea é rara.

Fundo do olho

• Dilatações saculares ou fusiformes das arteríolas ocorrem mais frequentemente na área de bifurcações ou cruzamentos arteriovenosos ao longo das arcadas vasculares temporais. Os aneurismas podem aumentar de tamanho, ultrapassando várias vezes o diâmetro da artéria.
• Hemorragia retiniana associada é observada em 50% dos casos.
• Múltiplos microaneurismas podem ser observados ao longo do trajeto da mesma ou de diferentes arteríolas.

A angiografia foveal depende da natureza dos distúrbios e das hemorragias associadas. O preenchimento homogêneo de macroaneurismas com exsudação tardia é típico. O preenchimento incompleto é devido à obliteração trombótica parcial ou completa do lúmen do vaso.

Curso do macroaneurisma da artéria retiniana

• A involução espontânea seguida de trombose e fibrose é observada com mais frequência. Isso é precedido pelo desenvolvimento de exsudação ou hemorragia.
• A ruptura com hemorragia pode ser sub-retiniana, intra-retiniana, pré-retiniana ou vítrea. Nesses casos, as alterações subjacentes podem não ser detectadas durante o exame.
• Edema crônico da retina com acúmulo de exsudato duro ao redor da fóvea é comum e pode causar perda persistente da visão central.

Diagnóstico diferencial de macroaneurisma da artéria retiniana

Exsudatos duros do segmento posterior

• Retinopatia diabética não proliferativa.
• Forma exsudativa de degeneração macular relacionada à idade.
• Oclusão de longa data do ramo da veia central da retina.
• Telangiectasias retinianas.
• Pequenos hemangiomas dos capilares da retina.
• Retinopatia por radiação.

Hemorragias profundas da retina ou sub-retinianas do segmento posterior

• Neovascularização coroidal.
• Retinopatia de Valsalva.
• Vasculopatia coroidal polipoide idiopática.
• Trauma contuso no olho.
• Melanoma de coróide.

Síndrome de Terson com hemorragia subaracnóidea.

Tratamento do macroaneurisma da artéria retiniana

1. A observação para involução espontânea precoce é indicada na presença de boa acuidade visual sem alterações maculares, bem como na presença de pequenas hemorragias retinianas na ausência de edema ou exsudação significativos.
2. A coagulação com laser de argônio é utilizada em casos de edema ou depósitos de exsudato duro com risco de envolvimento da fóvea, especialmente se for detectada deterioração da visão. Os coagulados são aplicados em alterações focais e/ou na área circundante. A reabsorção do edema e do exsudato duro ocorre em poucos meses.
3. A hialoidotomia com laser YAG pode ser indicada para hemorragias pré-retinianas extensas e não resolvidas que cobrem a mácula e causam dispersão de sangue na cavidade vítrea, onde a absorção ocorre mais rapidamente.