A China vai ter uma fábrica de clones

A "Fábrica de Clones" ficará localizada no norte da China, em uma zona de livre mercado, e, segundo dados preliminares, a construção custará aproximadamente 500 milhões de dólares.

Segundo relatos oficiais, a fábrica está sendo criada com o propósito de criar raças de elite de gado e cavalos, bem como cães de serviço e decorativos, especialmente raças raras.

A construção dessa fábrica foi iniciada pela corporação Boyalife Group e vários institutos de pesquisa, em particular o Instituto Coreano de Biotecnologia.

A Boyalife Group Corporation está envolvida em trabalhos de pesquisa na área de células-tronco e medicina regenerativa, e os especialistas da empresa também fornecem alguns tipos de serviços como parte da pesquisa.

A primeira fase da construção custará cerca de US$ 32 milhões. Segundo relatos da mídia, as obras no prédio principal já começaram e a inauguração está prevista para meados do próximo ano. A fábrica deverá produzir até 1 milhão de embriões de gado.

O CEO do Boyalife Group, Xu Xiaochun, observou em sua entrevista que a demanda do mercado por carne bovina é muito maior do que a que os fazendeiros podem fornecer, que estão fazendo o melhor que podem para atender às necessidades da população, mas isso nem sempre é possível, e a clonagem é a melhor saída para a situação atual.

Além de criar animais clonados, a fábrica também se tornará um repositório de informações genéticas e um museu.

O primeiro animal clonado do mundo foi a mundialmente famosa ovelha Dolly. Quase 20 anos se passaram desde então. A ovelha clonada morreu ainda jovem — o animal tinha um sistema circulatório defeituoso e muitos órgãos começaram a falhar. Mas, desde a morte de Dolly, cientistas chineses acumularam muita experiência na reprodução assexuada de porcos, vacas e ovelhas. Talvez novos clones sejam mais resistentes às condições de vida.

Este projeto não será o primeiro da corporação Boyalife; em 2014, juntamente com o Instituto Coreano de Biotecnologia, foi fundada uma empresa comercial de clonagem animal; os primeiros clones foram 3 filhotes de Mastim Tibetano, aliás, uma raça bastante rara.

A "fábrica de clones" propõe atender à demanda por carne bovina por meio da reprodução assexuada de animais, enquanto outros especialistas trabalham em um método de impressão 3D que permitirá a impressão de carne sem matar seres vivos, mesmo os clonados. Segundo os cientistas, será possível desfrutar do sabor da carne suculenta sem se preocupar com o sofrimento do pobre animal nos próximos dois anos.

Cientistas já aprenderam a cultivar células musculares orgânicas em laboratório, que podem ser usadas para obter pedaços inteiros de carne. Há alguns anos, um hambúrguer foi cultivado em um laboratório holandês e depois consumido (de acordo com os dados, nenhum cientista foi ferido). Naquela época, o custo de tal "guloseima" era de cerca de 500 mil dólares, e só recentemente o preço do "hambúrguer" diminuiu.

Especialistas israelenses conseguiram melhorar o processo e, de acordo com o chefe da Modern Farming Foundation, a prática cruel de abater animais para carne pode ser esquecida em apenas 2 anos.