Nova vacina inovadora contra o VIH pode dar esperança às pessoas

O princípio de ação de todas as vacinas modernas visa preparar o sistema imunológico humano para enfrentar vírus ou infecções. Na Califórnia, especialistas da Universidade Scripps decidiram mudar de tática no desenvolvimento de uma vacina contra o HIV e alteraram o DNA de macacos para tornar as células mais resistentes ao vírus da imunodeficiência humana (HIV). O próprio grupo de pesquisa observa que seu trabalho é uma conquista importante e, em um futuro próximo, os especialistas esperam realizar testes com a participação de voluntários. De acordo com especialistas independentes, podem-se esperar resultados bastante satisfatórios de tal experimento.

Em seu trabalho, o grupo de pesquisa utilizou um método de terapia genética baseado na implantação de novo DNA em células saudáveis. O DNA contém uma espécie de "instrução" que instrui o corpo a produzir fatores para destruir o vírus da imunodeficiência. Esses fatores, então, entrarão constantemente na corrente sanguínea humana.

Conforme declarado no artigo do relatório, experimentos em macacos mostraram bons resultados: todos os primatas ficaram completamente protegidos contra todos os tipos do vírus da imunodeficiência por oito meses.

Segundo especialistas, a proteção funciona mesmo se o nível do vírus no sangue estiver muito alto, ou seja, a vacina poderá ajudar pessoas que já são portadoras do vírus perigoso.

Espera-se que a nova vacina ajude a tratar pacientes com síndrome da imunodeficiência adquirida.

O chefe do projeto de pesquisa, Michael Fersen, observou que o método desenvolvido por sua equipe para criar uma vacina contra o HIV é atualmente o mais eficaz, mas para chegar a uma conclusão final, uma série de estudos adicionais precisarão ser conduzidos, incluindo experimentos em pessoas, para confirmar sua segurança.

É bastante difícil desenvolver uma vacina contra o HIV, visto que o vírus sofre mutações constantes. Pelo mesmo motivo, não é possível "forçar" o sistema imunológico a produzir um determinado tipo de anticorpo.

Mas um novo método de produção de vacinas pode muito bem proporcionar uma boa proteção. O princípio do novo método é que, devido ao novo DNA, o corpo produz constantemente células artificiais que destruirão o vírus da imunodeficiência. Mas agora os especialistas não podem dizer como o corpo reagirá a tal interferência em seu funcionamento.

A equipe de pesquisadores agora está buscando permissão para conduzir um experimento envolvendo pacientes infectados pelo HIV que, por vários motivos, não podem se submeter ao tratamento padrão.

Um regime complexo, medicamentos caros e uma enorme quantidade de efeitos colaterais são as principais desvantagens da terapia moderna contra o HIV, que pode retardar a progressão da doença. É por isso que os especialistas defendem a realização de um experimento envolvendo humanos.

Os autores do novo método orgulham-se de terem conseguido chegar mais perto da solução do problema do HIV, um dos mais urgentes da atualidade. Os desenvolvedores acreditam que, em um futuro próximo, surgirá um medicamento que impedirá a infecção pelo vírus da imunodeficiência e, em pacientes já infectados, levará à remissão estável.

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