Sintomas da menopausa nas mulheres após os 50 anos

Os sintomas da menopausa em mulheres após os 50 anos aparecem gradualmente e sugerem que processos involutivos estão ocorrendo no corpo. Este é o período em que a mulher perde a função reprodutiva e, por mais triste que pareça, ela envelhece. Essas mudanças ocorrem principalmente no sistema reprodutor, mas, como ele está continuamente conectado ao funcionamento normal de outros órgãos, afetam todo o corpo. A composição hormonal do corpo feminino é muito diversa e garante não apenas o funcionamento dos órgãos genitais femininos, mas também afeta o metabolismo. Portanto, as alterações hormonais durante a menopausa levam a alterações no metabolismo.

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Peculiaridades da menopausa em mulheres após os 50 anos

Ao longo da vida, qualquer mulher passa por vários estágios de desenvolvimento corporal. Primeiro, a menina está no período neonatal, quando todos os sistemas e órgãos se desenvolvem e começam a entrar em contato com o ambiente externo. Durante esse período, os ovários já contêm todos os óvulos, que estão em uma posição "dormente". Em seguida, vem o período da infância, seguido pelo período de desenvolvimento sexual, durante o qual todas as características sexuais secundárias se desenvolvem e a menina amadurece para dar continuidade à raça. Em seguida, vem o período de maturidade sexual, que dura cerca de trinta anos. Tudo termina com a menopausa — a involução do sistema reprodutor. Este é um processo fisiológico, mas possui características próprias que devem ser conhecidas para regular o estado do corpo e saber exatamente quando algo está errado.

O período climatérico é convencionalmente dividido em:

1. pré-menopausa – o período de 45 anos até o início da menopausa;
2. menopausa – período da última menstruação, a idade média é em torno de cinquenta anos;
3. pós-menopausa – período desde a última menstruação até o fim da vida de uma mulher.

Todos esses períodos são caracterizados por mudanças sucessivas no corpo.

A pré-menopausa é caracterizada por:

• Involução do centro regulador superior – o hipotálamo, que se caracteriza por uma diminuição gradual da sensibilidade do hipotálamo à influência dos estrogênios, o que interrompe sua função reguladora de acordo com o princípio da regulação por feedback.
• O nível dos hormônios hipofisários aumenta - folículo-estimulante e luteinizante, o que pode contribuir ainda mais para o desenvolvimento de vários processos benignos no útero na forma de miomas e fibromiomas.
• As glândulas suprarrenais aumentam a produção de adrenalina e noradrenalina devido a interrupções na regulação normal da função dos órgãos periféricos pelo hipotálamo.
• O número de receptores especiais sensíveis aos estrogênios diminui no ovário e no útero, o que contribui para a interrupção da regulação desses órgãos.
• As alterações mais específicas ocorrem nos ovários, na forma de atresia folicular, destruição da membrana, morte do ovócito e preservação apenas do estroma, o que contribui para a diminuição da quantidade de estrogênio secretado. Isso, por sua vez, interrompe o feedback com o hipotálamo, o que agrava ainda mais as alterações.
• Há estimulação insuficiente da glândula pituitária e a secreção dos hormônios folículo-estimulante e luteinizante é interrompida, o que leva a um ciclo anovulatório sem liberação de um óvulo.

Como consequência de todos esses processos, não há concentração suficiente de hormônios e sua alternância para o início da próxima menstruação normal, e a menstruação não ocorre - este é o período da menopausa.

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A pós-menopausa é caracterizada pela ausência completa da menstruação. A síntese hormonal é assumida pelas glândulas suprarrenais e pelo tecido adiposo, mas isso não é suficiente para compensar a deficiência de estrogênio, e a produção de andrógenos aumenta paralelamente.

Os primeiros sinais da menopausa em mulheres podem não ser necessariamente a ausência de menstruação, visto que esse processo é gradual. Os primeiros sintomas são frequentemente de natureza vasomotora e emocional-psicológica. A mulher se preocupa com irritabilidade, alterações de humor, depressão, diminuição do desejo sexual, insônia e fadiga.

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Além disso, as manifestações vegetativas podem frequentemente ser crises de suor, febre, dor de cabeça e palpitações. Estes são, via de regra, os primeiros sinais clínicos do início da pré-menopausa e, posteriormente, surgem alterações nos ovários e no útero, e a menopausa ocorre com a cessação gradual da menstruação.

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Alterações mentais durante a menopausa em mulheres após 50 anos

Ao longo da vida, a mulher possui um perfil hormonal específico, determinado pela concentração dos principais hormônios sexuais femininos – estrogênios e gestagênios (progesterona). Esses hormônios não afetam especificamente os órgãos genitais femininos, mas também afetam o estado mental, regulando os processos de inibição e excitação no sistema nervoso central.

Em primeiro lugar, com o início da menopausa, surge a sensação de envelhecimento do corpo, e a mulher percebe isso, o que é a base para outras mudanças psicológicas. No contexto da diminuição dos níveis de estrogênio, ocorre uma violação da regulação dos processos de transmissão dos impulsos nervosos. Ao mesmo tempo, são frequentemente observadas alterações de humor, que podem variar na forma de irritabilidade ou labilidade mental, pensamentos depressivos, inquietação e tensão. Há também aumento da fadiga, distúrbios do sono, como insônia ou sonolência, diminuição do desempenho e das atividades diárias. Expressa-se uma diminuição do desejo sexual e manifestações vasomotoras.

Sensação de parada cardíaca ou, ao contrário, aumento dos batimentos cardíacos, sudorese, instabilidade da pressão arterial - tudo isso está associado a alterações mentais, pois a condução dos impulsos nervosos e a regulação dos processos de excitação e inibição no sistema nervoso central são interrompidas.

Todas essas alterações mentais perturbam ainda mais o estado morfológico e funcional do sistema reprodutor feminino, visto que os estados emocional e funcional estão intimamente relacionados. Portanto, o tratamento psicoterapêutico é muito importante no tratamento complexo dessas condições.

Alterações hormonais e funcionais no corpo durante a menopausa

Todas as mudanças no corpo da mulher durante a menopausa após os 50 anos estão associadas a uma violação da quantidade de hormônios e à sua função insuficiente. Normalmente, os estrogênios e a progesterona regulam o sistema nervoso, o tecido ósseo, o sistema cardiovascular e os processos do metabolismo mineral. Durante a menopausa, os níveis de estrogênio caem, e seu efeito regulador sobre o tônus dos vasos cerebrais e dos tecidos periféricos diminui, o que, por sua vez, contribui para a disfunção das glândulas suprarrenais. Altos níveis de catecolaminas contribuem para alterações na pressão arterial, causam palpitações e reações vegetativas na forma de suor e sensação de calor no rosto.

Fontes extraovarianas de síntese de estrogênio começam a ser ativadas no corpo – tecido adiposo, bem como o córtex adrenal, o que causa aumento na síntese de andrógenos, leptina e mineralocorticoides. Elas têm outros efeitos indesejáveis, como obesidade, masculinização, diminuição da libido, além de retenção de água e sódio, o que contribui para o desenvolvimento da hipertensão.

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Essas alterações hormonais levam a perturbações no funcionamento dos órgãos internos.

O sistema cardiovascular sofre devido à hipercatecolaminemia, caracterizada por arritmias na forma de interrupções no funcionamento do coração, taquicardia paroxística. Os processos de regulação do tônus vascular são interrompidos, o que contribui para períodos de espasmo dos vasos periféricos, aumento da resistência periférica e aumento da pressão arterial. Além disso, a hipertensão arterial é promovida pela retenção de sódio e água e pelo aumento do volume sanguíneo circulante.

O desequilíbrio hormonal durante a menopausa causa distúrbios metabólicos na forma de hipercolesterolemia e dislipidemia. Este é um sinal desfavorável e, portanto, a doença cardíaca isquêmica e a angina frequentemente se desenvolvem durante este período.

Outro distúrbio grave ocorre com o tecido ósseo. A diminuição dos níveis de estrogênio contribui para a remoção de cálcio dos ossos, a interrupção de sua absorção no intestino e o desenvolvimento de osteoporose. Isso causa manifestações clínicas na forma de dor nas pernas, fadiga e espasmos musculares.

Alterações posteriores nos órgãos internos durante a menopausa são alterações tróficas na uretra, que contribuem para uma sensação de queimação e micção frequente. Pele seca nos genitais, coceira e desconforto durante a relação sexual também ocorrem. Isso contribui para o desenvolvimento frequente de infecções urogenitais, uma vez que a função de barreira do muco vaginal é prejudicada.

O estado geral do corpo é suprimido, os processos de diferenciação celular são reduzidos e ocorre o envelhecimento da pele, aparecem rugas, as unhas e os cabelos ficam secos e quebradiços e ocorre queda de cabelo.

Todas essas alterações em órgãos e sistemas estão interligadas e são previsíveis; portanto, para corrigir tais condições e prevenir complicações graves, recomenda-se o tratamento com medicamentos hormonais. São utilizados diferentes medicamentos complexos, selecionados individualmente.

Os sintomas da menopausa em mulheres após os 50 anos indicam o envelhecimento do corpo e, por mais indesejável que seja esse processo, ele é irreversível. Como um declínio hormonal acentuado interrompe o funcionamento de todos os órgãos internos e afeta o metabolismo, é necessário consultar um ginecologista assim que os primeiros sintomas da menopausa aparecerem. Assim, é possível corrigir os desequilíbrios hormonais tomando uma combinação de medicamentos hormonais, o que contribuirá para uma queda gradual dos níveis hormonais sem alterações abruptas no funcionamento dos órgãos e sistemas.